sábado, 3 de novembro de 2018

Conheça a tecnologia de Israel que pode mudar o Nordeste do Brasil

Unsina de Sorek em Israel
Entre as muitas promessas de campanha de Jair Bolsonaro está uma mudança radical no panorama do semiárido brasileiro, em especial na região Nordeste. O presidente eleito nem assumiu o cargo e já existem passos concretos neste sentido.
O embaixador israelense no Brasil, Yossi Shelley anunciou a intenção do governo de seu país de bancar a instalação, no Nordeste, de uma usina piloto de dessalinização de água do mar. O país é líder nesse tipo de tecnologia e hoje cerca de 80% da água potável consumida pela população israelense é proveniente do mar. Em entrevista à EBC o diplomata lembrou que Israel está em posição de vantagem porque consegue processar um litro de água dessalinizada por um preço menor do que o valor regular disponível nos mercados.
Em Israel chove menos de 600 mm por ano, em média. O país que enfrentou anos de crise hídrica conseguiu resolver o problema da escassez através desta tecnologia. A técnica já foi oferecida a estados como Ceará e Maranhão, mas não houve avanços significativos.
Caso essa parceria entre os países seja concluída, várias regiões seriam beneficiadas. O estado de São Paulo, por exemplo, apesar do clima ameno sofreu nos últimos anos com a escassez de chuva, gerando uma crise hídrica que resultou em racionamento de água.

Processo simples

O processo de dessalinização dura cerca de 30 minutos e baseia-se na “osmose inversa”, onde, por intermédio de pressão, a água do mar atravessa um sistema de membranas que separa o sal de outras substâncias, tornando-a potável. Em seguida, as substâncias retiradas da água são devolvidas ao mar.
O metro cúbico de água dessalinizada custa menos de um dólar na saída da usina. Devem ser somados a este custo as despesas de canalização da água até o consumidor.
Em 2011, Israel investiu US$ 500 milhões para construir a usina Soreq, que se tornou a maior do país. Localizada ao sul de Tel Aviv, Sorek produz 624.000 m³ por dia de água doce. Isso é o suficiente para abastecer uma cidade com mais de 2 milhões de habitantes.
Recentemente, o Canal Rural mostrou como o processo funciona. Assista!

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